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A cidade de Vassouras voltou a ser sinônimo de glória para o Queima-Sangue Voleibol. Nos dias 25 e 26 de outubro, o time de Paraíba do Sul levantou dois troféus na Arena Sombrão da Univassouras: o bicampeonato da Copa Gigantes da Rede na categoria Adulto masculino e o título inédito do Sub-21, confirmando o grande momento do projeto.
A equipe principal disputou todas as suas partidas no domingo e soube impor o seu jogo desde o início. Venceu o WSM, o Volta Redonda e o Cariocas da Gema nas primeiras fases, todas por 2×0, e repetiu o placar contra o Barra Mansa, na semifinal. Na decisão, reencontraram o Cariocas da Gemas e foram campeões por 2×1, após o tie-break.
Porém, quis o destino que o roteiro se repetisse: o mesmo ginásio e o mesmo adversário na final, trazendo a nostalgia de quando o Queima-Sangue conquistou a Copa Gigantes da Rede pela primeira vez, no dia 24 de agosto deste ano.
Em entrevista exclusiva à FM 107, Renan da Silva Netto, dirigente do time, explicou como foi a sensação de reviver esse momento.
“Voltamos com o mesmo objetivo: buscar o título. E, por incrível que pareça, novamente contra o Cariocas da Gema, um adversário que já conhecíamos bem. Isso trouxe ainda mais emoção, porque sabíamos o quanto seria difícil e ao mesmo tempo desafiador repetir o feito. Mas, conseguimos manter o foco, mostrar nossa força e sair de Vassouras mais uma vez com o troféu nas mãos”, comentou.
Na categoria de base, os jovens atletas também souberam o que era vestir a camisa do seu clube e o representaram, trazendo o título inédito para casa. A campanha, que foi inteiramente realizada no sábado, contou com o placar de 2×0 para cima do C.M. Vôlei, de Cachoeira de Macacu (RJ) e 2×1 contra o Itaserra, de Petrópolis, ambos nas fases iniciais. Pelas semifinais, derrotaram o Itatiaia Volei (RJ) por 2×0 e decidiram contra o APV Angra dos Reis, terminando com o mesmo placar.
Renan da Silva se mostrou muito orgulhoso com a dedicação dessa nova geração e não poupou elogios.
“O Sub-21 veio mais forte do que nunca, mostrando desde o primeiro jogo que queria o pódio. A cada partida da classificatória, foi lindo ver eles dando o máximo em cada ponto, se entregando de verdade dentro de quadra. Ver o empenho, a garra e a união deles emociona qualquer um que acompanha de perto. E o jogo da final foi de arrepiar, cada vibração, cada bola defendida, cada comemoração… foi emocionante demais. Eles jogaram com o coração”, comentou orgulhosamente.
O dirigente do Queima-Sangue ainda complementou, abordando sobre o significado dessa conquista e como ela reflete no projeto do clube.
“Significa que o trabalho está valendo a pena. Sempre falamos que o Queima-Sangue é uma família, e ver a base trazendo título mostra que o futuro está garantido. Eles representam tudo que a gente acredita: união, respeito e vontade de vencer” – alegou Renan da Silva Netto.
Renan resumiu o final de semana como ‘inesquecível’. “Tudo que a gente vem plantando começou a aparecer em quadra. Ver o Sub-21 e o Adulto campeões no mesmo torneio é uma sensação difícil de explicar. Foi emoção do início ao fim, cada ponto foi jogado com o coração. Um daqueles dias que a gente nunca esquece”, concluiu sobre as conquistas.
Formado em 2022, o Queima-Sangue Voleibol nasceu de um projeto esportivo no bairro Queima-Sangue, em Paraíba do Sul. O grupo começou de forma simples, participando apenas de jogos amistosos, sem estrutura e sem treinador. Mesmo assim, o talento falou mais alto: logo no início, a equipe surpreendeu ao conquistar o 2º lugar no Projeto Social Abraço de Pai, realizado em Sebollas (RJ).
A partir dali veio a virada de chave. Os atletas perceberam o potencial que tinham e decidiram investir no sonho. Contrataram um treinador, estruturaram o time e passaram a se dedicar de forma mais profissional aos treinos. O esforço começou a dar resultado: em dezembro de 2024, a equipe sul-paraibana disputou pela primeira vez a LIVERJ, considerada a maior liga de vôlei amador do estado do Rio de Janeiro, e terminaram na 3ª posição. Um marco importante na trajetória do clube.
“Foi surreal. Era nossa primeira vez e ninguém sabia o que esperar. A gente entrou para jogar, para curtir, e saiu com um pódio. Foi ali que percebemos que o Queima-Sangue podia ir longe se continuasse trabalhando sério”, explicou Renan a respeito da experiência que tiveram no LIVERJ.
Além disso, a categoria Feminina também vem se destacando no cenário regional, e conseguiram chegar longe na Liga Petropolitana de Desportos. “O feminino é um orgulho para gente. Elas estão crescendo demais, se dedicando, acreditando no projeto. O quarto lugar foi só o começo, elas ainda vão trazer muita alegria”, afirmou.
Hoje, o clube conta com mais de 100 atletas, em diversas categorias: Infanto-Juvenil, Sub-21 e Adulto, nas categorias masculino e feminino, além do Infantil masculino.
Por fim, Renan da Silva Netto comentou sobre o que fez perceber que o projeto estava no caminho certo, e qual é o seu sonho para o Queima-Sangue Voleibol.
“Quando comecei a ver crianças sonhando em jogar pelo Queima-Sangue. Quando pais vinham agradecer. Quando atletas de fora começaram a procurar a gente. Ali eu percebi que o projeto já não era só nosso e tinha virado parte da vida de muita gente. Meu sonho é ter uma sede própria, com quadra, espaço para treino, para convivência. Um lugar que seja a nossa casa. E ver o projeto continuar mesmo no futuro, ajudando outras pessoas como ele me ajudou. Esse é o maior sonho”, finalizou à Rádio FM 107.
