A 13ª edição do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SEEG) foi divulgada nesta segunda-feira, dia 3. Os dados mostram que em 16 anos, até o ano de 2024, o Brasil conseguiu reduzir em 16,7% as emissões de gases do efeito estufa. No entanto, o país não deve bater a meta estipulada no Acordo de Paris e ficar 9% acima do índice desejado.

De acordo com o SEEG, no ano passado, foram emitidos 2,145 bilhões de toneladas de CO₂ equivalente (GtCO₂e), sendo este o menor nível desde 2009. A redução no desmatamento na Amazônia e no Cerrado são tidos como principais motivos do resultado positivo.

Apesar dos dados otimistas, o relatório mostra que em 2025 as emissões de gases do efeito estufa no Brasil chegarão a 1,44 GtCO₂e, índice 9% acima dos 1,32 GtCO₂e propostos no Acordo de Paris.

Outro apontamento do relatório é que a diminuição nas emissões de 2023 para 2024 veio principalmente na mudança de uso da terra (42%), categoria que engloba o desmatamento. Outros agentes também completam o total das emissões computadas, sendo a agropecuária responsável por 29% (queda de 0,7% em relação a 2023), 20% da energia (alta de 0,8%), 5% de resíduos e 4% de processos industriais.

David Tsai, coordenador do SEEG, em entrevista ao G1, destaca que é importante o comprometimento de todos os setores para redução das emissões de gases do efeito estufa e não limitar essa tarefa apenas à redução do desmatamento.

“Estamos falando de uma projeção, mas o número indica que o Brasil ainda está fora da sua meta de clima. Toda a mitigação fica nas costas do combate ao desmatamento, e isso precisa mudar.”

O relatório completo pode ser conferido no site do SEEG.