
Preencha os campos abaixo para submeter seu pedido de música:

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou uma nova vacina contra a dengue. O imunizante, desenvolvido pelo Instituto Butantan, se destaca por ser o primeiro do mundo com administração de uma única dose para prevenção contra a dengue. Na quarta-feira, dia 26, foi realizada em São Paulo a cerimônia de assinatura do Termo de Compromisso com o Instituto Butantan, processo que antecede o registro definitivo da vacina.

O ministro da saúde, Alexandre Padilha, esteve presente na cerimônia de assinatura do Termo de Compromisso e revelou que a expectativa é que assim que o imunizante cumprir todas as etapas de regulação, ele seja incluído no Plano Nacional de Imunização (PNI) de 2026. “A expectativa é que, cumpridas todas as etapas regulatórias e produtivas, seja possível incluir a vacina no calendário de 2026. A dose única facilita a logística e amplia o potencial de cobertura, embora ainda seja preciso concluir todas as análises formais”, avalia.
A vacina
Chamada de Butantan-DV, a vacina foi desenvolvida ao longo de cinco anos, entre 2016 e 2024. Foram feitos testes com 16 mil voluntários de 14 estados brasileiros e os resultados clínicos foram positivos, segundo o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), o pediatra e infectologista Renato Kfouri. “A vacina demonstrou eficácia elevada, em torno de 75% contra a doença e acima de 90% para formas graves e hospitalizações”, destaca.
A vacina teve comprovação de eficácia entre pessoas de 12 a 59 anos de 74,7%. A sua proteção contra dengue grave ou com sinais de alarme é de 91,6% e alcançou 100% de proteção contra hospitalizações.
Mesmo sem a liberação oficial, o Butantan já produziu mais de 1 milhão de doses para serem disponibilizadas ao Plano Nacional de Imunização (PNI). Para garantir maior oferta, o Butantã fechou parceria com a empresa chinesa WuXi. A expectativa é que cerca de 30 milhões de doses sejam entregues no segundo semestre de 2026.
A Anvisa também autorizou testes de segurança para o público de 60 a 79 anos. Estão em avaliação dados sobre a inclusão de criança de 2 a 11 anos na vacinação, mas os estudos indicam que a vacina é segura para essa faixa etária.
Foto: Divulgação/Instituto Butantan