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Pesquisadores de ciência da computação da Universidade de Viena, na Áustria, fizeram um estudo e descobriram uma brecha de segurança no mensageiro Whatsapp. Segundo o estudo, a ferramenta de busca para começar uma nova conversa no aplicativo não possuía um limite de pesquisas e muito menos uma restrição para exibir os contatos. Com isso, durante o experimente foi possível consultar a base total de contatos de 3,5 bilhões de perfis.
Ainda segundo o levantamento, foi possível visualizar fotos e frases de perfil de boa parte desses usuários. Somente as mensagens de conversas não estavam disponíveis, pois possuem proteção criptografada.
No entanto, os contatos ficaram visíveis através de uma técnica chamada enumeração ou raspagem de dados (scraping), que consiste em testar um intervalo de números para encontrar contas ativas em uma plataforma. Por segurança, as plataformas deveriam restringir a partir de determinado número de pesquisas, mas isso não aconteceu com o Whatsapp, mesmo após 7 mil consultas realizadas, conforme divulgado pelo estudo.
A pesquisa foi realizada entre dezembro de 2024 e abril de 2025, mas antes mesmo testarem a técnica de enumeração, os autores do estudo entraram em contato com a Meta, desenvolvedora do WhatsApp, em setembro de 2024 para alertar sobre o potencial risco de segurança. Porém, a empresa apenas informou que encaminharia a mensagem à equipe de engenharia. Sendo assim, o estudo continuou sem qualquer restrição por parte da plataforma.
A Meta só tomou uma atitude, segundo os pesquisadores, após eles informarem que publicariam os resultados em um estudo. A empresa emitiu um comunicado oficial agradecendo o estudo e atribuiu a brecha a uma técnica de obtenção de dados inédita e que superou os limites previstos.
O texto ainda informa que a desenvolvedora está trabalhando em sistemas anti-scraping e encerra dizendo que os dados do estudo foram deletados com segurança pelos pesquisadores e que “as mensagens dos usuários permaneceram privadas e seguras graças à criptografia de ponta a ponta padrão do WhatsApp, e nenhum dado não público esteve acessível aos pesquisadores”, afirmou Nitin Gupta, VP de Engenharia do WhatsApp.