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Presidente do Sindicato de Alimentos de Três Rios participa da “107 É Notícia”

Na edição desta terça-feira, dia 11, o programa “107 É Notícia”, da FM 107, recebeu Rochane Mariano, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Petrópolis e Três Rios (SINDALIMPT). Durante sua participação, Rochane esclareceu o posicionamento do sindicato sobre o encerramento das atividades da LSI Brasil LTDA (Antiga Ferreira International), que anunciou ontem, dia 10, o encerramento das atividades em Três Rios.

Em sua fala, a presidente do SINDALIMPT, contou que o primeiro contato que teve com a empresa para tratar o assunto ocorreu na sexta-feira, dia 7. Ela recebeu a ligação da empresa solicitando uma reunião, no entanto, como ela já tinha compromissos agendados, ficou acordado para que um encontro presencial ocorresse na segunda-feira, dia 10, às 8h no escritório do Sindicato em Petrópolis. Foi neste momento que ela soube que a reunião trataria sobre o fechamento da planta em Três Rios.

Segundo Rochane, durante a reunião foi esclarecido que o motivo do fechamento da unidade de Três Rios se deve ao tarifaço aplicado ao Brasil pelo presidente norte-americano, Donald Trump, em 6 de agosto que elevou para 50% a taxa sobre diversos produtos brasileiros, entre eles a carne, que é o principal produto fabricado e exportado pela LSI.

“Hoje a LSI Brasil (antiga Ferreira International) fabrica o beef jerkey, que é um produto exclusivo para os Estados Unidos e, apesar de buscar outros mercados, os EUA são o carro-chefe da empresa […] Diante de um tarifaço de 50%, onde você precisa comprar uma matéria-prima mais cara, já que a carne encareceu no Brasil também, e para exportar você teria que pagar uma tarifa de 50% e ainda tinha a planta em Três Rios que era de aluguel, o negócio se tornou inviável”, relata.

Mariano também informou que a empresa tinha um quadro de 348 funcionários, dos quais 300 serão desligados de início. Os outros colaboradores serão demitidos posteriormente em virtude de afastamentos relacionados a licenças, como a maternidade, por exemplo. Em sua avaliação, o impacto dessas demissões na cidade será maior do que o número de profissionais dispensados. “Eu faço uma conta de impacto socioeconômico na cidade de umas duas mil pessoas, porque a gente faz um cálculo de cada família ser composta por pelo menos 5 pessoas”, pontua.

Garantias

Um ponto que foi questionado na entrevista dizia respeito ao pagamento das obrigações trabalhistas. Rochane deu mais detalhes sobre o assunto ao informar que a empresa LSI Brasil assinou a ata da reunião se comprometendo a honrar com todos os pagamentos de verbas rescisórias, avisos e demais obrigações legais, pertinentes a dispensa por parte do empregador e sem justa causa.

“Com relação às verbas já foi tudo acertado. Nós temos uma ata que foi feita no momento que o sindicato foi comunicado e neste documento contem tudo que vai acontecer e as assinaturas dos avisos… Todo mundo vai receber suas verbas rescisórias, tudo que é devido”, afirmou Rochane.

Rochane acrescentou que benefícios oferecidos pela empresa também serão pagos na rescisão, como o cartão de alimentação (no valor de R$ 270), do vale de Natal (no valor de R$ 300) e a entrega dos Kits de Natal da Seara ou Sadia, que são tradicionais da empresa para as festas de fim de ano. “Isso não vai resolver o problema, mas vai minimizar a dor neste momento”, comentou.

Como ocorrerão as demissões?

De acordo com Rochane, a empresa fez um pronunciamento aos trabalhadores na segunda-feira (10), no qual ela esteve presente e prestou apoio aos colaboradores. Foi informado aos presentes que o último dia trabalhado foi dia 8 de novembro e partir de agora todos estão de licença remunerada até o dia 05 de dezembro. A partir de 08 de dezembro, gradualmente, os trabalhadores serão encaminhados ao RH para fazer as devidas assinaturas dos avisos indenizados.

A presidente do SINDALIMPT aproveitou a oportunidade para fazer um apelo ao empresariado local, pedindo a colaboração de quem tem vagas em aberto para tentar trazer esses profissionais recém-dispensados para suas empresas. “Mesmo que não seja do ramo de alimentos, podem fazer contato comigo no Sindicato, para tentar absorver esses trabalhadores e essas famílias”.

Por fim, Rochane disse que o sindicato está à disposição dos trabalhadores que precisarem de ajuda para se colocarem novamente no mercado de trabalho. “Os trabalhadores associados que não tiverem como enviar e-mail de currículo ou como imprimir, o Sindicato está de portas abertas para ajudar. Este é um momento de união”, finalizou.

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